DIálogo entre cisnes: de Tchaikovsky a Darren Aronofsky

Nome do autor: 
PRISCILLA CORDOLINO SOBRAL
Nome do orientador: 
ELIZABETH SANTOS RAMOS
Banca: 
ELIZABETH SANTOS RAMOS ALESSANDRA PAOLA CARAMORI MARLENE HOLZHAUSEN
Resumo: 

A presente dissertação tem como objetivo estabelecer um diálogo entre a imagística do cisne trazida nas obras O lago dos Cisnes de Piotr Ilich Tchaikovsky e Cisne Negro de Darren Aronofsky. Observa-se na análise interpretativa a simbologia do pássaro e de suas cores por uma perspectiva da transformação de uma visão binária Bem x Mal, presentes no balé, para uma perspectiva hermafrodita do cisne proposta pelo filme que ressalta o processo da sua metamorfose. Partindo de uma concepção pós-estruturalista, as obras são analisadas como traduções que, mantendo o vínculo com a anterioridade, operam transformações resultantes do ato de leitura e interpretação do sujeito tradutor. Partindo do conto de fada O véu roubado do alemão Johann Musaeus, que se configura como anterioridade das obras contempladas, a dissertação analisa os rastros e as transformações ocorridas no processo tradutório intersemiótico, abordando a presença dos arquétipos, conforme as reflexões de C.G.Jung. Ao apresentar um mosaico entre conto de fada, balé e filme, a dissertação problematiza conceitos estruturalistas, perspectivas metafísicas platônicas e teorias essencialistas que regem a relação comparativa entre as obras, abordando-as como textos autênticos e valiosos. Na perspectiva da valoração da tradução e do simulacro, foram abordados conceitos desconstrutivistas como suplemento, sobrevida, différance que apresentam uma concepção da tradução como potência que, ao operar transformações, contribui para a permanência dos textos no tempo e permite sua exposição a públicos antes excluídos.

O lago dos cisnes; Tradução Intersemiótica; Cisne Negro.

 

Abstract: 
Ce travail vise à établir un dialogue entre les images du cygne présenté dans les oeuvres Le lac des Cygnes de Piotr Ilich Tchaikovsky et Cygne Noire de Darren Aronofsky. L’analyse interprétative est axé sur le symbolisme du cygne et de ses couleurs par une transformation en perspective d'un point de vue binaire du Bien et du Mal, présente dans le ballet, par une perspective hermaphrodite de l’oiseau proposé par le film qui qui met l'accent sur le processus de métamorphose. D'une conception post-structuraliste, ces oeuvres sont analysés comme des traductions qui maintiennent un lien avec l’antériorité et produisent des transformations découlant de l'acte de lecture et d'interprétation de l' homme de traducteur. Basé sur le conte de fée Le vol enlevé de l’allemand Johann Musaeus, qui se caractérise comme antériorité des oeuvres ici contemplés, la recherche se propose d’observer les traces et les transformations données au moment du procès traducteur intersemiotique. Ce qui concerne les traces, la recherche traite la présence des archétypes soutenus sur les études de C.G.Jung. Cette dissertation, exposant une mosaique entre conte de fée, ballet et film, remet en question des concepts structuraliste, perspectives platoniques et de théorie de l’essence qui règlent la relation de comparaison entre les oeuvres et les considèrent comme des textes authentiques et de précieux. Du point de vue de la valorisation de la traduction et du simulacre, cette dissertation s’est appuie sur des concepts desconstrutiviste comme le souplement, la survie, la différance, qui ont une conception de la traduction comme un potentiel qui em provoquant des changements contribuent à la pérennité des oeuvres dans le temps et permet son exposition à des publics qui ne furent pas privilégié avant.
Le lac des cygnes; Traduction Intersemiótique; Cigne Noir.

 

Data: 
sexta-feira, 18 Julho, 2014 - 16:45