ETNICIDADE E DISCURSO RACIALISTA EM A “FORTUNA”E BAIXA & MUSSEQUES, DE ANTÓNIO CARDOSO
By arisacra on qua, 28/06/2017 - 12:37A partir de representações e relações flagradas na novela A “Fortuna” e no livro de contos Baixa & Musseques, do escritor angolano António Cardoso, este trabalho propõe-se a discutir mecanismos dos processos de construção de identidade étnica em contextos luandenses e a disseminação do discurso racialista na narrativa de ficção desse escritor, estabelecendo diálogos e embates entre os textos. Analisa-se como são construídas as representações étnico-raciais e quais as implicações socioeconômicas configuradas nas malhas textuais, discursivas e políticas das produções literárias inseridas em um contexto de pré-independência e mergulhadas na experiência colonial angolana, assim como em momentos da biografia do sujeito produtor, cujos projetos literários e existenciais entrelaçam
política e arte.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura angolana e identidade étnico-racial; literatura moderna e
discurso racialista [racialismo];Narrativa de ficção de António Cardoso.
From representations and relationships caught in A “Fortuna” (2004) and Baixa & Musseques (1985), the Angolan writer António Cardoso, this paper proposes to discuss the construction process of ethnic identity and racialist discourse in contexts luandenses establishing dialogues and debates between the texts Angolans. A “Fortuna” (2004) and Baixa & Musseques (1985) are texts written by António Cardoso provided political prisoner. These narratives are inscribed in the context of the struggle against Portuguese colonialism and the independence of Angola. Based on this scenario political / cultural context in which the corpus falls, the work is based on the perspective of cultural studies to analyze the concepts of identity, ethnicity and race. Analyzes how representations are constructed racialethnic and socioeconomic implications which set in meshes textual, discursive and literary productions policies embedded in a context of pre-independence and experience steeped in
colonial Angola.
KEY-WORDS: ethnicity/race; Angolan literary; António Cardoso.