Ao longo da história, escritores, antropólogos e estudiosos atuaram como espécies de cronistas do Brasil, pelo fato de fazerem referência ao país em seus textos. Existem discursos sobre o Brasil desde o século XV. Com o auxílio de teorizações que pertencem ao âmbito dos Estudos Culturais e da Literatura Comparada, esta dissertação objetiva apresentar os resultados da pesquisa no campo literário sobre a construção do imaginário nacional brasileiro, a partir da investigação contrastiva dos romances Nação crioula e O Ano em que Zumbi tomou o Rio, do escritor angolano José Eduardo Agualusa. Destes romances foram identificadas e discutidas algumas imagens do Brasil no processo de representação do país pelo autor. Essas imagens de Brasil construídas no discurso de Agualusa foram analisadas comparativamente com as veiculadas por determinados discursos hegemônicos. Os resultados demonstraram que o imaginário sobre o Brasil construído mo discurso de José Eduardo Agualusa aproxime-se e distancie-se de imagens do país veiculadas em determinados discursos hegemônicos.
Throughout history, writers, anthropologists and scholars acted as chroniclers of the species of Brazil, because they make reference to the country in his writings. There are speeches about Brazil since the fifteenth century. With the help of theories pertaining to he scope of Cultural Studies and Comparative Literature, this paper aims to present the results of research in the field of literature on the construction of Brazilian national imaginary, from the research contrasting the novels Nação crioula and O ano em que Zumbi tomou o Rio, by the Angolan writer José Eduardo Agualusa. These novels were identified and discussed some images of Brazil in the process of representing the country by the author. These images of Brazil built in speech Agualusa were analyzed in comparison with the broadcast by certain hegemonic discourses. The results showed that the imagery on Brazil built in the Agualusa’s speech come on and walk away from images of the country broadcast in certain hegemonic discourses