JOÃO GUIMARÃES ROSA E THOMAS MANN: ESCRITAS E EXÍLIOS

Autor: 
MARIA AURINIVEA SOUSA DE ASSIS
Orientador: 
EVELINA DE CARVALHO SÁ HOISEL
Banca: 
MIRELLA MARCIA LONGO VIEIRA LIMA ALEILTON SANTANA DA FONSECA LIGIA GUIMARAES TELLES EDUARDO DE FARIA COUTINHO
Abstract: 

This paper aims at studying the exile literature of João Guimarães Rosa and Thomas Mann from the point of view of their final productions Tutaméia (Third Stories), 1967, and The confessions of Felix Krull (1954). Both last works of their authors, they are, in the present context, considered as borderline creations of the two writers' thought processes. Thomas Mann and Guimarães Rosa make use of mystical perspectives to understand man, art and their countries in the 20th century, they mix up the inside/outside dualities, and create a conflicting zone of proximity and distance. Being at the same time inserted in and separated from the artistic languages of their times, and defending ambiguous positions with regards to the avant-gardes, the authors question the novelties which follow after modernization discourses. The present study considers Thomas Mann and Guimarães Rosa, in the given context of discussion szenaria, as late exile producers who put temporality in check, query present times by dislocating the accepted and propagated artistic code, and put the language problem into the limelight.

 

Keyword: exíle; language; late style; myth; history.

 

Resumo: 

O presente ensaio tem o objetivo de estudar o exílio nas literaturas de João Guimarães Rosa e de Thomas Mann, a partir da análise de suas produções finais, Tutaméia (Terceiras Estórias), de 1967, e Confissões do Impostor Félix Krull, de 1954, que são, respectivamente, suas últimas criações, consideradas aqui como obras-limite do pensamento dos escritores. Thomas Mann e Guimarães Rosa valem-se da perspectiva mítica com a qual leem o homem, a arte e seus países no Século XX, perturbam as dicotomias dentro/fora, instaurando uma zona de conflito de aproximação/distanciamento entre tempos e lugares, e encontram-se inseridos e apartados das linguagens artísticas de suas épocas, problematizando, por suas situações ambíguas com as vanguardas, o novo, que surge atrelado aos discursos de modernização. É nesse cenário de discussões que os escritores são tratados, no presente estudo, como produtores tardios e exilados que colocam a temporalidade em xeque, interrogam o tempo presente, por meio do deslocamento do código artístico aceito e propagado, e trazem à cena o problema da linguagem.

Palavras-Chave: exílio; linguagem; estilo tardio; mito; história.

 

Data: 
sexta-feira, 6 Junho, 2014 - 13:30