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A Tempestade e Indigo: apropriação e transformação
By arisacra on Wed, 21/06/2017 - 16:40
Nome do autor:
FERNANDA PINHEIRO PEDRECAL
Nome do orientador:
ELIZABETH SANTOS RAMOS
Banca:
ELIZABETH SANTOS RAMOS
DENISE CARRASCOSA FRANCA
FERNANDA MOTA PEREIRA
Resumo:
O presente trabalho de pesquisa constitui uma análise, sob a perspectiva dos Estudos de Tradução e da noção de Intertextualidade, de como se configura o processo de ressignificação e atualização do texto dramático A Tempestade (1611), de William Shakespeare (1564-1616), no romance Indigo, or mapping the waters (1992), de Marina Warner (1946- ). A partir da investigação comparativa de elementos presentes nas duas obras e de suas relações intertextuais, apresentamos argumentos que defendem a hipótese de que o romance contemporâneo constitui uma tradução do texto dramático clássico. Nossas considerações, amparadas nos pressupostos filosóficos desconstrutivistas de Jacques Derrida e nos postulados teóricos de Gérard Genette e Linda Hutcheon, buscam fundamentar a reflexão acerca da possibilidade de uma nova modalidade de tradução, com base na ideia de que o processo tradutório envolve operações de leitura e interpretação, que libertam e autorizam o autor/tradutor a desenvolver a prática de novas possibilidades criativas, situadas além do que tradicionalmente se concebe como tradução.
Tradução. Literatura. Intertextualidade. Marina Warner. William Shakespeare. A Tempestade. Indigo.
Abstract:
The present research constitutes an analysis concerning how William Shakespeare’s (1564-1616) dramatic text The Tempest (1611) was updated and resignified in Marina Warner’s (1946- ) novel Indigo, or mapping the waters (1992). From the perspective of the Translation Studies and the concept of Intertextuality, we argue for the hypothesis that the contemporary novel constitutes a translation of the classic dramatic text, taking, as a starting point, a comparative investigation about some intertextual connections involving elements these texts have in common. Based on Jacques Derrida’s deconstructivist philosophy, as well as on Gérard Genette’s and Linda Hutcheon’s theories about transtextuality and adapatation, respectively, we propose some reflections about the possibility of a new mode of translation, based on the idea that the translation process involves reading and interpreting operations that release and authorize the translator to develop new creative practices, placed beyond what is traditionally considered to be a work of translation.
Translation. Literature. Intertextuality. Marina Warner. William Shakespeare. The Tempest. Indigo.